O Facebook está sempre mudando. A cada uma ou duas semanas, é liberada uma atualziação de aplicativo, muda-se o tamanho de visualização das fotos, aparece um novo recurso aparentemente sem nenhuma pretensão e assim continuamos a usar o Facebook dia após dia. Mas por que tantas mudanças? Elas são realmente necessárias?
Muitas das alterações que Mark Zuckerberg e sua equipe fazem são apenas para “melhorar a experiência do usuário”, como os desenvolvedores costumam afirmar. E muitas vezes, esse é o motivo real. Eles não querem perder usuários, de forma alguma.
Como mostra o filme “A Rede Social”, um site cujo principal atrativo é o próprio público, é essencial estar na moda, adequado às tendências e muitas vezes, tentar lançar algumas delas. Alguém lembra como era o Facebook antes do botão compartilhar? Por isso mesmo, na última semana, os aplicativos da rede social para Android e iOS ganharam essa função, que até então era exclusiva da versão desktop do site.
Outra tendência é que o app do Facebook Messenger está cada vez mais sendo usado, e até mesmo o famoso WhatsApp acaba sendo deixado de lado e só há uma razão para isso: o concorrente não tem uma versão para desktop. Se o usuário fica sem bateria no celular, já era, sua mensagem só sera entregue quando seu colega regarregar o aparelho.
Uma das mais recentente alterações foi a liberação do recurso que mostra no chat há quanto tempo a pessoa deslogou e passou a estar disponível apenas via notificação no celular. Isso aconteceu porque agora, o Facebook quer a telefonia móvel. No Canadá, já é possível fazer ligações via 3G, assim como no Skype, da Microsoft, que é parceiro do site de Zuckerberg.
A questão agora é: o que as operadoras farão diante dessa nova realidade? Passarão focar seu serviço no 3/4g? Por enquanto, só nos resta esperar.
Mas o Google pretende mudar o dia a dia de todos com a experiência oferecido pelo Glass Project. aqueles óculos que filmam, tiram fotos, acessam redes sociais e tudo mais. Esse novo produto tem previsão de lançamento para o fim deste ano. Será que essas mudanças no Facebook conseguirão mesmo manter o império da rede social?
UPDATE: enquanto escrevia esse texto, o Radar Tecnológico, do Estadão, publicou uma notícia informando que o lucro das operadoras já está sendo afetado pelo WhatsApp. Segue um trecho muito relevante do texto da repórter Mariana Congo:
“Uma alternativa de modelo de negócio é cobrar pela quantidade de dados ou pela velocidade da conexão de internet móvel e fazer promoções em que o uso de voz e SMS é praticamente grátis. Esse modelo já vem sendo adotado pela Swisscom, na Suíça, e pela Verizon, nos Estados Unidos. Nas diferentes faixas de preços dos planos de dados, os usuários que optam por mais velocidade pagam mais, mas também têm mais bônus. Essa estratégia fez a Verizon aumentar suas vendas em 4% desde junho de 2012.”