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Cinco razões para abandonar o Google Chrome e migrar para o Firefox

Pelos idos de 2010, o Google Chrome começou a ganhar popularidade no Brasil e a evoluir mais rápido que os concorrentes, consequentemente, ganhando uma série de aplicativos e extensões. Mas fato é que o software cresceu de tal maneira que funciona atualmente como se fosse um sistema operacional que roda sobre seu Windows, OS X ou distribuição de Linux. Tanto é que existem os Chromebooks, que funcionam, basicamente, com uma versão estendida do navegador de internet chamado Chrome OS.

Usar o browser do Google torna-se a cada dia mais inviável para quem tem um computador com configurações básicas (ou tem um produto intermediário de dois anos atrás) e tem o hábito de abrir muitas abas de uma vez. Alternativas como o Opera e o Baidu Browser — que, surpreendentemente, tem recursos úteis e não força instalação de programas na máquina — funcionam com o motor (engine) do Chrome.

O ecossistema de extensões do Firefox pode ser menor do que o que encontramos no navegador do Google, porém, há algumas vantagens para quem opta pela solução de código aberto da Mozilla que estão listadas a seguir.

Ele é mais leve – Enquanto o Chrome cria diversos processos conforme o uso, o Firefox se mantém com um principal. Uma grande parcela da memória RAM é consumida pelo navegador do Google. Por exemplo, um internauta identificado como “extaca” compartilhou sua história com o browser em um fórum, contando que, com 15 abas abertas, o consumo de RAM de seu PC de 4 GB chegou a 95%. No Firefox isso também acontece em casos de crash, mas a frequência é menor.

Ele avisa quando vai travar – Um fato interessante sobre usar o Firefox no Windows e no Mac: ele dá sinais de que vai travar. No Chrome, tudo congela quando um plugin, por exemplo, passa por maus bocados. O Firefox, por outro lado, mostra que vai dar problema deixando todas as abas pretas por alguns segundos antes de fechar de vez. Esse ínterim é o suficiente para reiniciar o software por conta própria, após esperar alguns segundos até atingir um certo nível de estabilidade, ou, quem sabe, salvar alguma página importante, evitando a necessidade de caçá-la no histórico no caso de as abas não serem reabertas corretamente.

Há boas extensões – Por mais que o Google leve vantagem quando o assunto é ecossistema de aplicativos, o Firefox também possui um bom portfólio. Talvez pelo marketing de ser uma solução open-source, o navegador da Mozilla oferece extensões melhores do que as do Chrome e a exibição delas também pode favorecer a produtividade. Um exemplo é o app do Pocket, um serviço que guarda links de páginas que você quer ler mais tarde. A lista aparece em uma pequena janela no canto superior direito do navegador. Esse mesmo serviço no Chrome precisa abrir uma nova janela para exibir o que foi previamente salvo pelo internauta. Outra opção é abrir mais uma aba, o que elevará o consumo da memória RAM do seu PC. Quando o assunto é extensão de navegador, o Opera e o Safari ainda ficam devendo.

Chat direto do navegador – O Firefox possui um recurso que permite realizar chamadas em vídeo diretamente do browser, sem precisar de uma conta ou de fazer o download de um software. A comunicação ocorre somente entre quem usa o navegador, mas isso é algo interessante e útil para a produtividade que o Chrome ainda não possui.

Ele é open-source – A Mozilla Foundation mantém o Firefox como um browser de código aberto e isso dá uma vantagem interessante na correção de bugs: agilidade.Segundo a lei de Linus Torvalds “given enough eyeballs, all bugs are shallow”. Ou seja, “ao darmos olhos suficientes, todos os bugs são triviais”, em tradução livre. Com mais pessoas testando o código, mais seguros estarão os usuários. Você pode pensar “ei, mas o Chrome é baseado no Chromium, que é open-source” e você estará correto. No entanto, a comunidade Mozilla, normalmente, é ágil (lembrando que 40% do código do seu navegador foi criado por voluntários). Um exemplo da relativa demora da liberação de correções do Chrome foi um caso ocorrido no ano passado: um problema fazia o software drenar a bateria de notebooks. Reportado em julho, o bug foi corrigido em setembro.

Ainda assim, o Google Chrome é usado por muitos. Segundo dados da StatCounter divulgados em janeiro deste ano, 51% dos internautas navegam com o software do Google.

Para os fãs inveterados do Chrome, o próprio Google mantém uma página com dicas de como lidar com o seu software. Vamos a elas:

– Mantenha o mínimo possível de abas abertas simultaneamente — nada de colecioná-las;
– Evite usar vários apps ao mesmo tempo;
– Se a situação estiver anormal, tente restaurar as configurações do navegador;
– Fique de olho na seção de extensões para conferir se nenhum foi instalada sem querer.

O Google também recomenda fechar manualmente algum processo que o Chrome tenha criado que você não esteja usando, por mais que essa dica requeira um certo conhecimento prévio. No Windows, o atalho de teclado é CTRL + SHIFT + ESC. Com o gerenciador de tarefas aberto, basta matar o processo desejado. No Mac OS X, a combinação é COMMAND + ALT OPTION + ESC. No Ubuntu… bem, se você usa Ubuntu, você deve saber o que fazer.

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